quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Loucura do amor

Tapam os próprios ouvidos
Calam as palavras
Impedem os pensamentos
Juram nunca mais ligar
Ou ter qualquer tipo de lembranças
Evitam lágrimas
Deixando a dor do choro
Entalado na garganta

Comprometem-se com responsabilidades
Que não podem cumprir
A dor de estar amando
Finge estar terminando ali
As pronúncias e promessas
Apenas algo para marcar
Para que mais tarde se lembre
Que nem tudo foi alimentado pelo olhar

O silêncio
A nostalgia
O ódio impelido pelas palavras que não vem
A certeza que a quietude
Eram loucuras de quem amava
Era amado também.


(Débora Alves- Junho 2005)



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